19 junho 2005

Poemas Coloridos à Solta

Corpos

Um olhar ao fundo do meu ser,
As estrelas unidas em volta,
De um céu cintilante.
E ao meu lado,
Uma estrela brilhante,
Num silêncio baixinho,
Na escuridão de um amanhecer.

Escondida no tempo, eterno e
Singelo, da alma nasce um corpo.

A raiz do meu ser...

Poemas Coloridos à Solta

A Alma Lusitana

A alma lusitana que sente...
A emoção forte e transcendente...
De uma grande vitória suada...
Por muitos acreditada...

Afinal temos força...
Pena, que se desvaneça....
Somos pequenos de memória...
Para lutarmos por maior glória...

Pequenas coisas do dia...
Que nos trazem mais valia...
Encarceradas numa gaveta vazia...
De paixão, de fado e poesia...

Bom dia, onde estás?
Quando a festa passar!?

Poemas Coloridos à Solta

Olá...

Sinto falta do Olá!
O Olá pela manhã!
O Olá azul, cinzento, cristalino...
O Olá de um dia frio de inverno...

O Olá da janela aberta!
Da brisa fresca e amena!
Adivinhando a chegada...
De um dia quente e amarelo...

O Olá do cheirinho!
Da oliveira, do jasmim!
O Olá da primavera...
Num sítio aconchegado...

O Olá numa caixinha!
De segredos e de sonhos!
Guardada como um tesouro...
Num dia de nevoeiro esperançado...

O Olá do estou aqui!
Se precisares de mim...

Contos P'ra Contar

UM CONTO


Memórias e sensações




A Teresa tinha quinze anos.
Tinha sido convidada para ir passar umas férias com uns amigos dos pais.
Demorou a decidir-se; se por um lado ansiava por uns dias à beira-mar, por outro lado ficava irritada só de pensar que tinha de aturar os dois filhos do casal.
O Manuel tinha quinze anos como ela, o irmão era mais novo cinco anos; enfim, um puto bué chato.
O Manuel tratava da atormentar. Que convencido era!... Só tinha brincadeiras de miúdo, afirmava que ela era uma menina mimada, armada em senhora, vaidosa e insensível, uma perfeita egoísta petulante.
Mas o que a Teresa não sabia, ou melhor não dava a entender que sabia, é que o Manuel era o seu eterno apaixonado, tudo o que fazia para a irritar não passava de uma forma da chamar a atenção.
Estava no entanto subjacente a atracção, a empatia, a amizade nestes dois adolescentes, que sentiam saudades por estar longe, medo de estar perto, como que as suas emoções rasgassem os sonhos, tendo uma esperança constante que valia a pena lutar por algo não definido ainda.
Que confusão na cabeça da Teresa, aquele rapaz tirava-a do sério.
Ah! Que raiva...disse.
Andava para trás e para a frente no quarto, a resmungar, a decidir-se e finalmente afirmou:
Vou. Claro que vou, já não os vejo há algum tempo.
Oh! Pá! Que se lixe, vou apanhar sol. Respondeu como que se desculpando.
Desceu as escadas que davam para um corredor onde estava o telefone.
Discou um número e atendeu com voz firme o Manuel.
Estou? Diga por favor.
Olá, olha queria que dissesses por favor aos teus pais que vou com vocês passar uma semana à casa da praia.
Ah! Está bem, eu digo – respondeu com aparente indiferença.
Então até amanhã.
Desligou a chamada indignada.
Que horror, se soubesse não ia.
Bah! Que chato que é este fedelho com a mania que é Einstein. Continuou a falar sozinha...
Mas estava a pé às sete horas da manhã, de mala feita, sem sono, ao contrário do que lhe era peculiar.
Encontraram-se à nove horas da manhã. A viagem correu como o previsto. A Teresa sentada numa ponta do banco de trás do carro, o irmão do outro no meio, e o outro na outra ponta.
A música não lhe agradava, tinha amuado e nem sequer a paisagem lhe conseguia oferecer algum alento, aliás nada a conseguia contentar, que caprichosa estava.
Finalmente chegaram à casa da praia e desfizeram as malas e enquanto a mãe dos rapazes fazia o almoço, a Teresa e eles foram para o mar, tomar banho e apanhar um bocado de sol.
Sentiu-se um pouco mais alegre e reparou.
Hum! Como o Manuel tinha crescido, como estava giro e atraente. Já tinha que fazer a barba todos os dias, estava com um corpo lindíssimo de atleta...porque o era.
Estendeu a toalha e pensou que o Manuel se sentasse ao lado. Mas não, aquele rapaz andava na brincadeira com o irmão. Que seca, que impertinência, pensava zangada.
Entretanto vê a sombra do Manuel ao lado dela e ficou com o coração aos pulos. Ele sentou-se e começaram a conversar, sobre tudo e sobre nada em especial. Era tudo tão importante...cada palavra, cada olhar. Mas de repente o Manuel estragou o momento.
Teresa, aposto que não és capaz de subir esta duna e chegar àquela lagoa primeiro que nós os dois. Ela sabia que era necessário entreter o irmão dele, mas ficava aborrecida com a infantilidade. Podia pegar-lhe na mão, passearem calmamente pela praia, mas não. Tinha sempre que competir com ela. Sempre a velha história de lhe querer ganhar.
A Teresa determinada que era, não se deixou ficar. Com batota ou não, lá correu para chegar primeiro; mas tropeçou e caiu, torcendo um pé.
De imediato o Manuel reagiu como de teatro se tratasse, dizendo que ela era uma menina mimada, mas depressa mostrou preocupação, pois as queixas eram bastantes.
Pegou nela ao colo (o que esta aceitou com alguma relutância) e levou-a à casa da praia onde se encontravam os pais.
O irmão do Manuel enquanto este com cautela pousou a Teresa numa rocha perto do carro, foi chamá-los, que acorreram o mais depressa possível com o intuito de a levarem ao hospital mais próximo.
A D. Cristina que era uma senhora baixinha com formas redondinhas e toda despachada, disse ao marido:
António, vamos depressa ao Hospital de Sta Joana porque têm RaiosX e logo se vê como está esse pé, voltando-se para a Teresa e olhando fixamente o seu rosto, como se pudesse por ventura determinar o que ela sentia. E continuou dizendo ao Manuel para com cuidado pôr a Teresa no carro.
Finalmente entrou.
Digam-me como é que isto aconteceu. Já sei (afirmou sem deixar ninguém explicar) são as vossas brincadeiras do costume. Manuel tu tens que ser mais comedido meu filho. A Teresa é uma rapariga e tu tens de ter mais cuidado e não andares sempre com essas maluquices. É corrida, motas d’água, surf, win surfe...Continuava ela sem ouvir o que alguém tivesse para dizer. O Eduardo disse ( assim se chamava o irmão do Manuel) que tu estavas com muitas dores. Esperemos que seja só muscular.
O Sr. António, senhor de uma calma imperturbável, cavalheiro e extremamente simpático perguntou:
Teresa minha querida tens muitas dores?
Um bocado Sr. António mexa o pé ou não, tenho sempre dores e parecem estar a aumentar.
O Sr. António resolveu ir mais rápido e consequentemente fez-se silêncio no carro.
Enquanto o Sr António foi fazer o registo de entrada no hospital, a D. Cristina, o Eduardo e o Manuel fizeram companhia à Teresa.
Após longa espera naquela sala que tresandava a éter, em que crianças choravam, a maior parte das pessoas andavam para trás e para a frente no corredor, chamaram pela Teresa. Como só podia ir uma pessoa a acompanhar o doente ou acidentado, o Manuel pegou de imediato nela ao colo e levou-a para um dos consultórios das urgências.
Após ter sido feito Raio X, chegaram à conclusão que o pé não estava só torcido, mas sim partido e o médico teve que colocar gesso até ao joelho.
Azar o dela; ficar com gesso, andar de muletas na praia, não poder nadar, não poder fazer nada, nada...
O Manuel olhava para ela com preocupação e culpa e pensava se alguma vez ela voltaria a dirigir-lhe palavra.
Mas ficou surpreendido quando ela o chamou e lhe deu um abraço e lhe murmurou ao ouvido:
Este abraço é como o sol, o calor, a energia, que me deixa passiva e entregue num doce espaço; só meu, só teu, tão nosso...
Ele olhou para ela profundamente e não disse nada. Estava embevecido, parecia ter crescido.
Ficou definido o que estava para definir.
De repente a mãe do Manuel chamou e entraram todos para o carro. A D. Cristina começou a falar novamente, dizendo que já tinha comunicado com os pais da Teresa, para ficarem sossegados que estava tudo bem, mas que realmente a semana de férias tinha ficado “estragada” para todos. Rematou dizendo:
Mas não te preocupes, vamos todos ajudar-te Teresa.. e há coisas que podes fazer para te divertires.
António, por favor vira aqui à direita para arranjarmos naquela casa ali...Estão a ver? umas muletas para a Teresa se conseguir deslocar.
Com todos estes acontecimentos e imprevistos chegou-se a hora de jantar e estava tudo com muito apetite visto nem sequer terem almoçado de jeito.
O pai do Manuel resolveu parar num restaurante que já era seu conhecido para descansadamente poderem comer bem .
A Teresa continuava com dores e teve que tomar anti - inflamatórios após o jantar, medicamentos esses que já tinham sido antecipadamente comprados na farmácia.
O serão estava óptimo mas a Teresa precisava descansar e resolveram ir todos para casa. Esta, tinha apenas dois quartos. Os pais do Manuel ocupavam um, os rapazes o outro e a Teresa dormia no sofá da sala.
A D. Cristina questionava-se:
Como havemos agora de fazer para a Teresa ficar melhor instalada?
D. Cristina! Respondeu a Teresa. Não se preocupe, deixe as coisas conforme estão, apenas necessito de umas almofadas para poder colocar a perna mais alta.
Está bem minha querida, acho que tens razão. Até amanhã e bons sonhos. Despediram-se todos e o Manuel que restou, deu-lhe um abraço e murmurou-lhe – desculpa! Não foi por mal, gosto tanto de ti...se precisares de alguma coisa...
Eu sei, respondeu a Teresa suavemente!...
Na manhã seguinte, acordou toda a gente disposta a passar um excelente dia de praia. Apesar de ser perto, dada a dificuldade da Teresa se deslocar, o Sr. António achou que seria melhor levar o carro o mais perto possível da areia.
A Teresa saiu do carro apoiada pelo Manuel e seguidamente serviu-se das muletas para poder andar. Que difícil era, aquelas coisas enterravam-se na areia e era necessário uma força enorme de braços. Mas apesar das dificuldades a Teresa lá conseguiu chegar onde estavam todos inclusive uns amigos dela e do Manuel que era habitual passarem férias ali também.
Teresa, que te aconteceu? Perguntaram quase em uníssono os amigos de praia.
E a Teresa lá contou a história toda.
És mesmo doida...então vais correr ao despique com este gajo aqui?
Não consigo. Tenho sempre que ir com o Manuel para onde ele vá- respondeu a Teresa. Sinto-me segura.
E houve uma troca de olhares muito especial entre a Teresa e o Manuel.
Oh! Mané tu és mesmo um chato, não gostas de perder nem a feijões. Disse o João com ar desafiador.
Mas que coisa esquisita, sentir-se segura com este tipo e depois partir um pé, disse a Liliana com ar de quem achava aquilo uma lamechice.
Que tal se fossemos jogar às cartas? Perguntou o Zé, um outro colega do grupo.
OK. A Teresa não se pode deslocar à vontade. E assim estamos todos juntos.
Após umas valentes cartadas e discussões, resolveram ir dar um mergulho. Uns foram buscar as pranchas de bodyboard, os outros limitaram-se apenas a nadar e a correr e a atirar bolas de areia como se fossem de neve.
O Manuel foi buscar um plástico e envolvendo a perna da Teresa foi possível ela molhar-se um bocadinho para poder refrescar.
Manuel- disse a Teresa, podes ir ter com os outros. Vai divertir-te, eu fico bem.
O Manuel olhou para ela agradado e disse: se precisares de alguma coisa chama, está bem?
Sim. Vai descansado que eu fico a ler o livro que trouxe que é bastante interessante.
A Teresa ficou assim à sombra do guarda sol a ler o livro, interrompendo apenas para olhar o Manuel. Tão imaturo e ao mesmo tempo tão responsável que era. Preocupava-se com ela e com o irmão...era curioso a forma como cuidava do irmãozito.
Pensava como seria bom se alguma vez vivessem juntos... quando fossem cotas talvez...
Chegou a hora de almoço e os pais do Manuel, chamaram para irem
para casa comer qualquer coisa. Tinha ficado decidido como a Teresa precisava descansar, à tarde não se ia para a praia.
Foram passear à tarde, de carro é claro. Ver as paisagens lindíssimas que circundavam a zona balnear. A D. Cristina resolveu também fazer algumas compras aqui e ali, e o Manuel sempre atento acompanhava-a sempre que era necessário.
A semana passou de repente, assim, sem dar por ela. Havia que regressar. Como tinha sido surpreendente. Descobriu que amava o Manuel e ele a ela mas os objectivos de vida de um eram diferentes dos do outro.
Mas sabiam que eram almas complementares, se é que isso existe. Tudo o que falhava num, o outro tinha para compensar. Tão difícil que era explicar esta sensação.
Arrumou as malas nessa sexta-feira. Iria voltar para casa no dia seguinte.
Nessa noite estava a Teresa apoiada nas muletas, em pé a olhar o mar através da janela naquela casa da praia e sentiu o Manuel a aproximar-se. Abraçou-a e envolveu-a com os seus braços enormes, como que dando duas voltas ao seu corpo juvenil. Seguidamente, deslizou as mãos meigas e ternas em busca do elixir do amor, qual perfume doce e fresco também. Mais um beijo, mais uma carícia que a faziam tremer e achar que se encontrava noutro mundo à procura de aventura, mas sentindo a segurança de uma amizade eterna.
E adormeceram um ao lado do outro.
No dia seguinte sentia-se radiante, única, irresistível, etc..., etc..., etc...na Lua, no Sol, nas Nuvens, nas Estrelas...
Tinham descoberto que gostavam um do outro.
Mas ao reverem-se nesse dia, sabiam que estavam longe um do outro...Ele era extremamente inteligente, ela extremamente sensível.
Ele não estava preparado para a sua sensibilidade, ela não estava preparada para a sua inteligência.
Talvez com o tempo se limassem as arestas, talvez com o tempo...Ele gostava tanto dela, que preferiu desistir para não a fazer sofrer.
Foi o despertar de um amor enorme, sem fronteiras, eterno, mas do qual ficou apenas um momento.
Teresa ficou com a recordação de um sonho perdido, uma folha perdida no tempo, que tinha esperança de reencontrar mais tarde até à eternidade.
Quando da despedida, porque a vida tem rumos diferentes, sentiu-se só.

A minha Sogra e as Outras

Biba a Pita
(Autor: Maria Fernanda Pinheiro. Adaptação: Maria João Franco Garcia, Publicação: Carlos Pinheiro)

Ora Biba...


Prólogo

Esta peça, que irá ser representada quando bem aprouver aos actores do elenco do costume, é dedicada a uma Capricorniana muito querida, que tem uns cabelos de belos caracóis de meter inbeja!!!... por isso fico verde, às vezes, por isso sou do Sporting... Ora bem, mas tenho que falar dela, não é?

Aqui começa a nossa narração:

Ouçam lá o que “ela” disse, ou seja, passo a citar...

“Na semana passada, com o calor transpirei muito e como transpiro muito da pita e virilhas, limpei-me com uns toalhetes próprios da ausónia. Entretanto, na quarta-feira comecei a sentir algo estranho nos lábios interiores mesmo à entrada da vagina..., fui ver com um espelho e parecia uma bolha. Pensei: "olha, entalei a pita com as calças de ganga...esta mania de cruzar as pernas, usar penso diario na epoca de calor só me causa destas infecções ! "Vai daí que pedi à mãe Clô a pomada dela Halibut. Entretanto, a bolha passou a ficar grumosa, mais parecia um fungo e a mãe Clô deu-me outra pomada "Dermoflex". Com o esforço das mudanças na fábrica e com a transpiração, o baixa e levanta, tanto roçei a pita que a infecção foi piorando. Passei o sabado à tarde no sofá de pernas abertas com pomada para ver se melhorava. No Domingo fui com D. Clô ao Furadouro, mas viemos logo embora pois eu estava cada vez pior. Deitei-me outra vez no sofá de pernas abertas, depois de desinfectar e pôr pomada na pitucha.
Estava eu desesperada a lavar-me no bidé, quando chegou a minha casa D. Clô e sua mana Lainha (a mais velha, solteirona que se acha eternamente jovem!).
Vai daí que trouxeram um medicamente que, segundo elas, era milagroso e que me ia fazer muito veeeeemmm.
Como eu andava sempre a dizer que queria era "Canasten" elas efectivamente trouxeram o medicamento.”

D.Clô – Estás melhor filha? Tenho aqui um Spray, é Canasten

Nanda - Tá bem, vamos experimentar.”Confiei na D. Clô porque ela, por norma, lê todas as posologias, lê tudo sobre doenças e medicamentos.
Achei estranho o medicamento ser em spray e comentei:

Nanda – Mas, Oh D.Clô isso é em Spray... “mas elas disseram para eu por que ia ficar logo voa”.

Vom, arrimei com o spray prá pita e caisque ia morrendo de tanto ardor!

Nanda - Ai, que isto arde tanto!!! O que é que vocês fizeram? Estão tolas?

D.Clô - Ehehehe...o que arde cura e o que aperta segura.

Lainha - Eheheh...é verdade Nanda o que arde cura... e riam-se dizendo que tudo o que arde cura.

Nanda - Vão embora, vão? quero ficar descansada.

D.Clô - Oh Filha tens aí alguma revista?

Lainha - Sim...destas que eu leio, as que são cor de rosa.

Nanda - Se são cor de rosa não sei, mas tá aí uma das fofoquices.

Lainha - Ora aí está sandaber, esta é que é boa, eu costumo lê-la.
Nanda - Não me digam que vão ficar aqui a ler as minhas revistas...vão-se embora, sim?... Ai que isto arde tanto.

D.Clô - Oh filha, não sejas assim, não vês que é pra fazer vento à tua coisinha?

Nanda - Eu não quero nada disso!!...deixem-me em paz com a minha pituxa e as pernas abertas.

”Passei a tarde de pernas abertas no sofá a abanar a pita. Na segunda-feira quando acordei mal podia caminhar. Estava toda queimada!!!! tentei ler a posologia, mas a caixa não tinha. Consegui então ler por fora o que o medicamento tinha "Alcool isopropílico" e que é um antimicótico de largo espectro.
Fiquei furiosa! Liguei à minha médica e ela informou-me que as Madames Escleróticas deram-me um antimicótico das unhas!
Isto já deu para rir mas que sofri, lá isso sofri! Até pensei que nunca mais podia usar a minha pitucha!!!! eheheheeh!
Bom, com os medicamentos da médica e com a graças de Deus hoje já estou bem.

A R d’Ermesinde foi lanchar com a avó e com a Lainha e acabaram por ir a casa desta ultima.
Agora imaginem que a Lainha disse-lhe que é o spray que poe na pita dela quando tem alguma infecção e que usa como desodorizante after shave de homem porque não lhe causa alergias. E queria que a R d’Ermesinde e avó colocassem after shave para experimentarem!
A R d’Ermesinde estava incredula!”

E mais ficou, caros leitorejz, quando soube que a Lainha tinha posto um Spray que por acaso era inzsecticida, na cabeça de D.Clô, após esta se ter queixado de comichão e poderiam ser piolhos, não é berdade?
É que a eficázcia de um inzsecticida é substancialmente superior à do Quitozso.
Enfim, poderia ter ficado sem cabelo, mas olha! não fazia mal...poupava dinheiro nas idas ao cabeleireiro...

Acho que toda a giente tem é inbeja dos Sprays da Lainha, e depois dijzem mal das curajs dela, mas tamém ninguém arranja soluçõeszz.
São todos uns enrrascadozss...Têm sempre que ler as coisazss e ter receitaszss...Bolazss não é prezciso andar sempre a perguntar ao Doutor Zé e à D. Ina estazs coiszas, Sandaber!!!!

Estazs hisztorias da família eztão cada vezs melhores!!”

Fim de Citação
Maria João