02 outubro 2005

Poesia e Outras Palavras de Ana Pereira

Não paro de escrever
nesta euforia de me esvair
em busca de todas as palavras que sinto,
das que quero sentir,
de todas as que escrevi e destruí porque não acreditei.

Não paro atrás do alento que me dá tento,
e o tempo que me ajude no evento,
mas vou, vou tentar,
tentar um novo tempo.

Tempo de trocar rumos e aprumos,
tempo onde me encontre e me revele
mesmo que na memória arrepiante dos afectos
neste universo delicioso das palavras
onde no espelho da minha alma
me vejo, e não me sinto tão só.

3 Comentários:

Às 12:15 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

Obrigada João, és linda!
Tal como se pode ler, este é meu principio dum caminho que não onde me vai levar, nem importa. Não aspiro título algum, apenas poder gritar tudo o que a vida me sufoca, me nega, me desespera, me alegra, e me sirva para me encontrar a mim própria, me permitir no desabafo o encontro do sentido de viver.
Uma alegria me vai dando sustento, força, ao poder contrariar aqui as últimas palvaras de meu poema. O espelho da minha alma já não é visto apenas por mim. Já não me sinto tão só. Obrigada

 
Às 9:38 da manhã , Blogger Avô Mokka disse...

Não sendo grande literato, achei giro o poema pela forma de expressão.
Agora, para podermos apreciar devidamente o conteído, há uma informação muito importante em falta:
Que idade tem a Ana?
É que para podermos avaliar a sentimentalidade do autor, a idade tem muita importância.

Agora se a Ana me permite uma sugestão (uma sugestão que até pode ser um disparate). Eu gostava de ver mais metáforas. Daquelas metáforas palpáveis. Em vez de expressar um sentimento, traduza-o numa metáfora ou numa imagem mais vulgar.
Será que vale pena experimentar ?


Um abraço
avô mokka

 
Às 10:38 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Ob p/observação. Tenho 49 anos mas não entendo a relação alma/idade. Não me sinto com essa idade embora por vezes bem mais que ela.Tudo isto de começar a escrever não passa duma experiência, uma terapia, um desbafo, um grito. Nada pretendo com isto, até porque me considero muito primária para pretender alguma coisa de valor, profunda, mas foi a coincidência, e estas coisas de "blogs" que proporcionam a comunicação e a exposição de cada um de nós, nem que seja para umas graças ou desgraças. Quanto a metáforas, nada como tentar, mas sem promessa.

 

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